Crónicas Barcelonistas 15 - La Sinhoria de los anilhos

2 de julho de 2004

No aeroporto lá apanhamos mais uma ave rara, daquelas que parece saída de algum livro de banda desenhada futurista ou de um filme do Almodovar. Uma senhora já entradota que para além de uma maquilhagem no mínimo estranha tinha também um peculiar gosto por anéis. Bem gostar de anéis não é nada de estranho, existe muita mulher por ai que gosta de usar anéis, umas até os colocam em todos os dedos, a questão não era a quantidade de anéis que por acaso até eram bastantes, ai uns 3 em cada mão, o mais estranho era a forma e a dimensão dos ditos cujos. É que a dimensão dos anéis era algo que tenho dificuldade em descrever, por exemplo um deles parecia metade de um pires de uma chávena de café. Não, não estou a exagerar. Os restantes anéis que tinha também eram enormes mas comparados com aquele até pareciam pequenos. Nem sei como ela pôde entrar no avião sem pagar excesso de peso de bagagem. Eu e o Nuno começamos logo a imaginar o perigo que representava por exemplo uma bofetada dada por uma das suas mãos. Quem se metesse com a senhora poderia ter um triste fim, pois se levasse um tabefe teria que efectuar diversas cirurgias plásticas para conseguir reconstruir a sua fisionomia facial. O “Fantasma”, aquela figura de banda desenhada que quando dava um murro num vilão o deixava com uma marca de uma caveira nos queixos, é uma amador perante esta senhora. Aquilo era um verdadeiro arsenal de armas brancas dissimuladas de inofensivos anéis. Ainda estava com medo que a fulana fosse alguma terrorista que com a ameaça dos anéis iria sequestrar o avião, ameaçando de morte algum pobre refém, é que com um simples movimento, zás, podia cortar a veia jacular de uma pobre hospedeira ou passageiro que se opusesse ao sequestro do avião. Outro perigo era o movimento brusco das suas mão, em qualquer altura poderia sair disparado um dos anéis que, tais como as laminas assassinas de um Ninja, atravessariam o espaço velozmente procurando uma qualquer pobre e inofensiva vitima que tivesse o azar atravessar na trajectória de tão mortal objecto.
Já em Barcelona, enquanto esperávamos as malas, não tiramos os olhos das mãos da senhora para nos podermos desviar caso tal facto acontecesse.
Outra coisa que não tive oportunidade de observar foi como é que a senhora conseguia tirar alguma coisa da mala sem a esfarrapar completamente.Bem lá conseguimos sair inteiros do Aeroporto após mais esta perigosa aventura. Se soubesse que as viagens para Barcelona iam ter tantos perigos teria pedido à Nestlé um subsidio de risco.

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