Crónicas Barcelonistas 13 –Aeroportos e Compª

22 de junho de 2004

Pois é as aventuras no aeroporto são sempre uma constante.
O Chek-in é sempre um “must” em qualquer aeroporto, aquela espera para despachar as malas é sempre uma experiência inovadora e refrescante.
- B.I. ou passaporte por favor. - É só esta bagagem que leva? - Porta 17, obrigado e boa viagem – é sempre a mesma uma conversa, as raparigas bem podiam diversificar e dizer qualquer coisita mais interessante e simpático, por exemplo - “Vai para Barcelona? Que interessante, um dia destes quando passar por lá vou beber um copo consigo, olhe aqui tem o meu telefone, etc, etc.
Bem isto de andar de avião anda-me a fazer voar muito a imaginação, vamos lá a aterrar.
Enquanto se está à espera do “chek-in” vou observando os restantes passageiros que connosco vão partilhar o avião, tentando adivinhar o que os levará ao mesmo destino que nós. E o que levarão dentro das malas? Drogas, contrabando, alguma obra de arte roubada? Bem pelo menos assim torna a espera menos monótona do que imaginar que, levam simplesmente camisas, cuecas, peúgas, escova de dentes, comprimidos para o reumático e fixador para a dentadura.
Observando as pessoas que estão na fila vejo por vezes alguns casais a olhar para o respectivo parceiro ou parceira provavelmente a pensar “Se te pudesse despachar a ti numa mala para a Cochinchina é que era bom”.
No outro dia no aeroporto de Barcelona apanhamos um senhor já maduro, um autentico “expert” na arte de efectuar rápida e eficazmente um Chek-in. As perguntas foram as mesmas, e neste caso ainda bem, mas a grande diferença foi a eficiência demostrada pelo dito senhor. Reparámos como ele efectuava de uma forma delicada e suave a introdução de dados no computador. Era cada martelada que até tive pena do pobre teclado. – Sabe é que instalaram um novo software e eu ainda não estou habituado. – disse ele atrapalhadamente em castelhano. Claro o problema é sempre da informática. Teve que chamar ai umas 3 vezes o supervisor para o ajudar a introduzir os dados. Estava a ver que o avião partia e nós ainda ali, à espera que ele destruísse o computador.
A passagem pelo aparelho de detecção de metais é também sempre muito estimulante.
Lá estamos nós todos novamente na fila à espera da nossa vez de passar e vendo as figuras ridículas que os infelizes que estão a nossa frente vão fazendo ao tentar livrarem-se de todos e quaisquer objectos metálicos que transportem.
Primeiro lá colocam as malas de mão e os casaco no tapete rolante. Logo a seguir efectuam a primeira tentativa de passar o portal magico que lhes dará acesso às portas de embarque dos aviões. Esta primeira tentativa é geralmente sempre mal sucedida, pois ao passarem lá se ouve o alarme indicando que transportam ainda algum metal. Então lá se vão livrando aos poucos desses objectos ainda esquecidos nos bolsos e no corpo: Maços de tabaco, telemóveis, cintos e finalmente quando não resta mais nada, os sapatos. Infelizmente nunca ninguém tirou mais nada de interessante que vala a pena relatar. A minha imaginação neste caso também nunca para de funcionar, seria bastante interessante ver a reacção dos policias nalgumas situações mais invulgares como por exemplo:
- Alguém a passar pela máquina, por exemplo com metas dentro do corpo, balas, próteses.
- Alguma menina com um sutiã que tivesse um fecho de metal.
- Alguém com um pircing de metal nalgum local mais obscuro e recôndito do corpo (fica à vossa imaginação).
- Uma senhora com um cinto de castidade colocado pelo marido desconfiado?
Embora nunca venha a ter coragem para tal, uma das coisas que sempre imaginei e que iria de certeza absoluta animar aquele local do aeroporto era: Depois de passar o detector dizer em voz alta – Tenho aqui uma bomba....(pausa) ... para a asma... Deveria ser engraçado não acham? Bem se alguma vez ganhar coragem ... já sabem, podem levar-me “SG Ligth” à prisão.

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